Como muita gente pediu no insta, resolvi montar um post contando um pouquinho mais das nossas férias em Santiago! Compilei algumas dicas práticas, lugares pra ver, comer e passear. Espero que gostem!
Dicas práticas
Antes do embarque: Se você tem dieta restritiva, pode pedir alimentação especial quando comprar a passagem ou até 24h antes do embarque. Verifique certinho com a sua cia aérea como funciona, mas geralmente tem opção para vegetarianos, veganos, celíacos, diabéticos e mais uma infinidade de opções. Quando o vôo é durante alguma refeição principal, eu geralmente compro comida para levar na área de embarque e levo meus snacks na bolsa para emergências.
Em Santiago:
O melhor lugar para trocar dinheiro é na Rua Augustinas, que é cheia de casas de câmbio.
No aeroporto é bom trocar um pouco para o transfer, caso não tenha pré-agendado um. Vale aproveitar a ida até a Augustinas para dar uma volta a pé no centro da cidade, que é cheio de prédios históricos.
A cidade é bem abastecida de metrô e ônibus. É só comprar o cartão BIP que custa 1500 pesos e ir abastecendo com as passagens (610 a 740 pesos). Dá pra usar o mesmo cartão pra mais de uma pessoa, só passar várias vezes. Nós acabamos andando mais de Uber pela praticidade.
Santiago é cercada pelos Andes, o esquema é ir até lugares altos para apreciar a vista:o Cerro Santa Lucía é um parque super gracinha. Fomos no pôr do sol, a vista pras cordilheiras é linda. Se prepare para subir bastante escada! O Cerro San Cristobál é mais alto e tem opção de ir pelo funicular (bondinho) e descer de teleférico ou vice-versa.
O teleférico chega/sai em Las Condes, uma parte mais moderna da cidade onde fica o Costanera Center que inclui o prédio mais alto de Santiago, mas o um mirante é pago. Nós pegamos o teleférico, descemos de funicular e vistamos a La Chascona – casa do Pablo Neruda, que fica bem pertinho dali. Recomendamos!
A maioria dos museus fica no centro, e os que mais gostamos foi o Museo Chileno Precolombino e o Centro Cultural Casa de la Moneda. O mercado municipal vale a visita, mas é muito turístico, não achamos interessante para comer.
Gastronomia:
A gastronomia chilena é maravilhosa, então se prepare pra gastar com comida. Os pratos nos restaurantes legais custam de 8 a 15 mil pesos (entre 45 e 95 reais, mas claro que o céu é o limite). Recomendo os frutos do mar, que vêm direto do pacífico e são deliciosos. Peixe ou polvo “a la plancha” (grelhado), ceviche e qualquer coisa com quinoa/avocado eram minhas pedidas favoritas.
Para beber: vinho! O suco de framboesa e de romã naturais são maravilhosos e fizeram eu me sentir mais jovem assim que tomei, afinal são puro antioxidante. Tem umas barraquinhas de suco natural no meio da rua, baratinho e delícia! O de romã foi feitona nossa frente e não tinha nem adição de água.
Perto da Casa de La Moneda tem um lugar super gracinha chamado Blue Jar em que o Rodrigo comeu “o segundo melhor hambúrguer da vida”, e olha que ele é expert!
Fica próximo da Augustinas também, então caso vá trocar dinheiro e bata uma fominha,é um bom lugar pra comer.
Outro passeio gostoso é ir almoçar no bairro Lastarria, que tem uma rua cheia de restaurantes. Nós escolhemos o Casa Lastarria e eu pedi uma salada de quinoa com camarão e avocado (que lá se chama “palta”) que tava divina. Para a sobremesa vale atravessar a rua e ir no Emporio La Rosa, uma sorveteria famosa pelo sabor de rosa. Mas o Rodrigo pediu o de chocolate mesmo porque não somos muito de comida com gosto de rosa!
Parece que o de doce de leite também é mara. Aliás, doce de leite lá se chama “manjar”.
Para fechar com um bom cafézinho, o Bloom que fica no fim da rua é uma ótima opção para quem é viciado feito eu. Fomos no domingo e estava rolando uma feirinha de artesanato e antiguidades na rua. Isso tudo fica ao lado do Centro Cultural Gabriela Mistral, um complexo enorme de exposições e eventos.
Falando em café, não é todo lugar que oferece leite vegetal. Para os momentos de desespero, o Starbucks é a salvação! Eles oferecem leite de amêndoas ou de coco para substituir o leite de vaca. Santiago não me pareceu tão preparada com essa parte de restrições alimentares, mas dá pra se virar bem. Para quem é do chá, vai com tudo: os chilenos adoram uma infusão, a cidade tem várias casas especializadas e opções para todos os gostos.
As comidas de rua favoritas foram as empanadas, especialmente a mais tradicional que é a “piño”: carne temperada com cebola e cominho. Experimentamos também o tal do “refresco” de pêssego em calda com trigo (mote con huesillos), mas não agradou muito.É muito doce, mas tem quem goste! Trocamos pelas barraquinhas de sucos naturais.
O shopping Parque Arauco fica em Las Condes (lá pros lados da parada do teleférico) e tem várias opções de restaurantes em um pátio a ceu aberto bem legal. Lá perto fica o Mestizo, um restaurante com vista pra um parque com comidas maravilhosas.
Também fica ali perto, no bairro Vitacura, o Boragó: único restaurante chileno classificado entre os 50 melhores do mundo. Tem duas opções de menu degustação, nós escolhemos o maior (de 17 a 20 pratos) e chama-se “Endêmico”. É uma experiência incrível, com sabores inesperados e apresentações impecáveis. Todas os ingredientes são locais chilenos e muitos da horta do próprio chef. Além disso, eles podem adaptar o menu para suas restrições alimentares.
O Mestizo e o Boragó precisam de reserva.
Para comprar vinhos, pisco e outros souvenirs de comer vale ir no supermercado Jumbo ou Líder. O Jumbo tem mais opção, fomos no que fica dentro do Costanera Center. Chocolates no supermercado são muito mais baratos! Como o Chile é produtor de amêndoas, trouxe pro pessoal barras de uma marca local com amêndoas, todo mundo adorou.
Passeios
Questões práticas:
Para os passeios mais longos, as paradas são de estrada e geralmente não oferecem opções para dietas restritas, então prepare-se com antecedência e leve snacks. Os supermercados tem boas opções, leites vegetais, frutas e barrinhas.
Nós fizemos três passeios com uma operadora de turismo brasileira baseada no Chile chamada Destino Chile.
- Cajon del Maipo / Embalse el Yeso
- Valparaíso e Viña del Mar
- Rota do Vinho do Valle Casablanca
1. Cajon del Maipo / Embase el Yeso:
Um dos nossos favoritos, a paisagem é fantástica!
Como a saída é bem cedo, a Destino faz uma parada pro café da manhã. Eu recomendo que você deixe o buffet de lado e peça um sanduíche de palta (avocado), que pode ser com queijo ou presunto e é feito no pão tradicional deles, que tem formato parecido com um pão de hambúrguer. Só o pão com avocado e azeite também já é sensa!
Tava frio, então pedimos o nosso sanduba quentinho e quase demos um nó na cabeça dos chilenos: “Como assim sanduíche de palta caliente???”. No fim das contas eles fizeram e ficou incrível! Esse lugar também oferece locação de casacos, já que Embase el Yeso é o lugar em que o vento faz a curva e a sensação térmica pode se tornar bem sofrida. Eu aluguei e foi um ótimo investimento! haha.
2. Valparaíso:
Valparaíso é uma das cidades mais antigas do Chile e vale a pena entrar nas lojinhas e cafés, que são super charmosos.
Lá fica outra casa de Pablo Neruda, mas não visitamos pois era segunda-feira e estava fechado. Em Valparaíso as coisas são no geral mais baratas que em Santiago.
3. Rota do VInho – Valle Casablanca:
A rota do vinho é bem interessante e o guia era especialista no assunto!
Ele explica todas as curiosidades e informações sobre as uvas chilenas, a história do vinho no país e processo de fabricação da bebida. A região de Casablanca é de cultivo de uvas para vinho branco, mas como cada vinícola tem vários terrenos de cultivo, degustamos diversos tipos de uva. Uma das vinícolas do passeio é especializada em espumantes!
A primeira vinícola em que paramos foi a Emiliana, e como não poderia faltar, tive que fazer um pit-stop pro café! O expresso de lá era maravilhoso, eles inclusive tinham o grão para vender. Pedi um sanduíche de abobrinha, beringela e peso de rúcula em pão de fermentação natural que foi um dos melhores da vida!
O almoço do passeio foi numa churrascaria, mas como eu tinha comido esse sanduíche, resolvi nem almoçar. Só tomei o suco natural de framboesa do restaurante, bem maravilhoso!
Templo Baha´í:
Outro passeio que fizemos por conta foi a ida até o templo Bahá’í, uma casa de oração que fica a 40 min do centro de Santiago.
É possível ir de transporte público, mas o ônibus te deixa a 2km do templo. Como é uma subida, pode ser meio cansativo! Pelo que pesquisei, a melhor opção é ir de Uber (dá uns R$40). Como só tínhamos uma manhã livre para ir até lá, contratamos um motorista que nos levou até o templo e depois direto para o aeroporto.
A construção é maravilhosa, super moderna e feita toda de pedra, cobre e vidro. Foi desenhada pelo arquiteto Siamak Hariri e inaugurada em 2016. Parece uma flor de 9 pétalas, fica no pé das cordilheiras e é um daqueles lugares que faz a gente se sentir como se tivesse sido teletransportado para outro planeta. Além disso, tem um espelho d’água, um jardim lindo e uma vista incrível para Santiago. O dia que fomos foi um dos raros dias sem visibilidade (azar ou sorte? haha), mas eu vi nas fotos e realmente é lindo. A entrada é gratuita. Para quem quiser saber mais sobre a filosofia e sobre o templo, pode dar uma checada no site: www.templo.bahai.cl
Gostaram das dicas?
Beijos,
Pati.