Este primeiro post da série #OutubroRosaFrufruta conta um pouquinho da história da Flávia Guimarães, uma amiga que superou o câncer de mama recentemente. Após quimioterapia e radioterapia, principalmente no caso de Mama, que são diretamente relacionados aos hormônios, o tratamento continua por pelo menos 5 anos, com remédios e acompanhamento frequente.

Ela comentou sobre a importância da alimentação nesse período pós-quimio/radio, e sugeriu o tema como pauta. Eu adorei a ideia, pois não sabia que existiam tantos cuidados com a escolha dos alimentos após o tratamento. Com ajuda da Flávia e da nutricionista especializada em oncologia Aline Quissak, preparamos uma série de posts que têm por objetivo informar e conscientizar sobre os cuidados que devem ser tomados com a alimentação na prevenção e no tratamento do câncer.

A Flávia foi diagnosticada com Câncer de Mama aos 30 anos. Claro que esse capítulo da sua história foi bastante triste, mas ela não se deixou abalar. Viu o problema como uma oportunidade para seguir em frente cada vez mais positiva! Também percebeu aquela como a chance de mudar alguns hábitos.

O câncer é uma doença que nos acompanha para sempre. Um paciente oncológico nunca mais será o mesmo.

#OutubroRosaFrufruta – Os Alimentos Contra o Câncer | Outubro Rosa | Fru-fruta

A Flávia em vários períodos do tratamento, em uma série de fotos incrível feitas pelo seu marido, Colmar.

Ela passou por uma cirurgia de remoção do tumor e reconstituição da mama, além de sessões de quimio e radioterapia.

Todas as etapas vividas tiveram seus efeitos colaterais do momento e os efeitos que ficam ou surgem ao longo dos anos. Desde náuseas e fraqueza durante a quimio, até queimaduras durante a rádio. Na atual etapa do tratamento, a rotina inclui medicamentos que forçam a menopausa causando os famosos “calorões”.

Ela também explicaque há alteração de peso, causado pela quantidade elevada de medicamento e mudança nas taxas hormonais. Entre tantas outras coisas, que variam de pessoa para pessoa.

“É muita mudança para o organismo num curto espaço de tempo!”

Colaborando com o Fru-fruta, a Flávia quer justamente poder ajudar pessoas que estão passando (ou já passaram, afinal os cuidados devem continuar) por este momento de mudanças pós Câncer.

Entender que nosso corpo não é mais o mesmo é difícil, vem com o tempo e conquistar os novos hábitos requer prática. Mas é por isso que estamos aqui, para juntar forças e mudarmos todos juntos para uma vida mais saudável, e diminuindo as causas ruins que esta doença nos causou! 

 


 E o que a nutrição tem a ver com câncer?

 Aline Quissak – nutricionista especialista em oncologia, síndrome metabólica, nutrigenética, nutrição funcional e esportiva – explica que a ciência da nutrição se faz essencial para potencializar os tratamentos de quimio e radioterapia. Cada alimento, apesar de possuir nutrientes especiais pode ser ainda mais poderoso quando combinado com outros e preparado de forma adequada dentro de uma receita.

Segundo ela, mais do que nunca, a descoberta de novos meios para aumentar a eficácia das terapias anti câncer assumem grande importância para a sociedade.

A natureza é prodiga em alimentos ricos em propriedades anticancerígenas com poder de combater os tumores sem causar efeitos secundários às pessoas. Imaginem só, poder fazer uma refeição que além de dar o prazer e o sabor, nutrirá o corpo, fortalecendo –o para a luta contra o câncer. 

Aline exemplifica: a radioterapia em um tipo de câncer de medula, diminui 10% do crescimento das células cancerosas, enquanto a ingestão do chá verde combinado com o açafrão da terra durante o tratamento diminui 75% do crescimento do tumor. (Beliveau,2004)

Em outra pesquisa, verificou-se que as células de câncer de mama isoladas tiveram uma inibição do crescimento em 98% pelo extrato de alho e de couve (Deemeule e colaboradores em 2004) 

Outra prova do poder da sinergia dos alimentos é que, quando cozido, o tomate apresenta aumento de 60% em seu teor de licopeno, um super nutriente anti câncer. Além disso, se adicionarmos limão e azeite neste molho aumenta-se em 42% o teor de licopeno no sangue.  (Giovannuchi, 2002) 

Para combater sintoma muito comum no tratamento quimioterápico, o enjôo e a náusea, pode-se consumir chá de gengibre.  Foi comprovado que 86% das pessoas sentiram melhora dos sintomas com o consumo do chá. (Hickok and Morrow, 2007)

Essas descobertas oferecem uma oportunidade excelente de reduzir as doses dos medicamentos, bem como os efeitos indesejáveis dos tratamentos convencionais por meio do consumo de alimentos específicos. Não é mágico pensar que o próximo molho de tomate que comer poderá ser tão poderoso, ou que um chá de gengibre possa nos fazer sentir melhor?

 


Nos próximos posts a Flávia e a Aline continuarão por aqui, dividindo um pouco de sua experiência e dando dicas sobre esse assunto sobre o qual devemos, cada vez mais, falar e discutir! 

O que acharam do post? Conta pra gente aí nos comentários!

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